Burden

Neste primeiro de janeiro de um novo ano q se inicia, deixo com vcs um documentário sobre um dos grandes artistas contemporâneos. Um cara que levou a arte a outro limite, passando por dor, sofrimento e exposição pessoal para dizer que arte dói, arte custa para quem faz e pra quem vê. Sua obra mais conhecida e polêmica se chama Shoot – Tiro, que ele fez em 1971, aos 26 anos, na qual ele ficou parado em frente uma parede e um amigo, teoricamente eximio atirador, acertaria seu braço de raspão com um disparo de fuzil. Este doc é legal pq conta sobre o artista por trás das obras. Ou seja, quando sabemos da obra, logo pensamos, o cara é um demente, um suicida, é outro tipo de gente. Mas quando vemos no doc que ele calculou e treinou várias vezes antes com o atirador disparando numa linha na parede para acertar ele só de raspão e que, na hora da performance, o atirador errou e acertou o braço dele mesmo. E que ele ficou branco e com os lábios roxos e quase desmaiou, nós percebmos que nao é porralouquice, é algo pensado e calculado. Não fazia parte de seus planos acontecer algo grave no evento, mas nem por isso, em atividades de risco, garantimos tudo sempre. E por isso, sempre pode dar merda.
Este doc é uma boa porta de entrada para vc que nao conhece muito de arte contemporanea e/ou nao gosta muito e se pergunta, Mas isso é arte?
Sim, sim, siriri, sim sim. Isso é arte. Uma arte que deixou para trás a necessidade estética de ser bela a qualquer custo. Uma arte que deixou para trás a necessidade do artista ser alguém dotado de qualidades técnicas de feitura excepcionais. Uma arte que valoriza o questionamento, o conceito e o processo de fazê-la. Vão lá! Até o Santos Dumont entra na história de uma maneira poética e bela.
#cleidonetflix#cndocumentario#Burden

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