City of Tiny Lights


Como fazer um filme noir hoje em dia que continue a ser noir mas não seja caricatura dos antigos filmes clássicos do gênero? Lawrence Kasdan fez isso com primor em seu Corpos Ardentes, tirou a chuva e os ambientes esfumaçados dos antigos e colocou muito calor e sol numa trama complexa como a dos antigos e também com uma femme fatale.
Ok, este filme não chega aos pés em classicidade do filme do Kasdan, mas tem suas virtudes em renovar o gênero.
Detetive particular é procurado por prostituta para achar sua amiga, tb prostituta, que desapareceu depois de sair com um cliente. No meio da busca, lembranças do passado que insistem em voltar e uma trama que parece envolver drogas, terrorismo e agentes norte americanos na Inglaterra.
O filme só amanhece quando acaba, ou seja, se passa na maior parte do tempo durante a noite e em Londres. E é nisso que ele renova o gênero, pois você nunca reconhece Londres se tiver como referência outros filmes que se passam na cidade. Não é a cidade turística q aprece aqui. É a cidade da perferia, dos imigrantes, dos “paquis”, os paquistaneses. O próprio detetive, o personagem central é um descendente de paquistaneses. Não é mais chinatown, os imigrantes chineses e seus “exotismo” os responsáveis pelos clima do filme.
Outro detalhe interessante é que, apesar de se passar quase todo a noite, o filme tem uma fotografia extremamente colorida, feita com iluminações que contrastam o verde e o amarelo e/ou vermelho. Iluminações artificiais inseridas na paisagem urbana, um letreiro, um spot vede em uma árvore ou muro.
Filme interessante, sem grandes arroubos de sim ou não, sem grandes cenas apoteóticas, bem low profile mesmo com uma fotografia tão elaborada e colorida.
ps. como aquela moça jovem conseguiu ficar com aquela bocona depois de mais velha é um mistério que a génetica não consegue resolver.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *