Julieta

Almodóvar é grande. Só isso pensei quando terminei de ver este filme dele. E, um pouco antes de terminar de ver, pensei antes que talvez só eu ache que ele faz filmes hitchcockinianos sem crimes, assassinatos, suspense. Ok, só eu que acho. Mas ele tem uma maneira de contar histórias que sempre me lembra Um Corpo que Cai. Aquela coisa de contar algo que vai engrandecendo e se tornando cada vez mais denso e ramificado.
E as cores? Cores de Almodóvar. Até a mesinha lateral do quarto de hospital é de fórmica laranja e tem uma garrafinha de vidro azul em cima.
Não posso dizer nada da história do filme. Não pq seja uma história cheia de segredos, mistérios e plot twist. Na verdade, nao posso contar nada pq é justo o contar a história, é justo a narrativa que faz de Almodóvar um grande cineasta. Não é a história, é o modo como ele conta ela e encadeia os fatos para nos levar para lá e para cá, ao sabor do seu mar e de suas marés. De seu mar, numa das palavras gregas que existem pra designar o mar, que é feito de aventuras e do desconhecido.
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