Cleido, Logo Existo

Ok, gente, eu gosto de um filme B de monstro mutante. Quando este monstro mutante ainda é uma aranha com crise de identidade de formiga/abelha e ainda é uma rainha de um aranheiro gigante, mais B ainda. Os Cgi sao meio tosco, tem um diferença de luz entre as aranhas e o live action, mas tá valendo, faz parte do universo b. Aliás, se fossem abelhas gigantes, eu diria que seria um bee movie.
A história é boa? Gente, não se esqueçam b movie nao tem muita historia. Masesta se leva a serio, o que dá um ar de anos 50 pro filme. É diferente do outro filme que eu resenhei aqui, Maldita Aranha Assassina, que não se levava a sério. O Maldita é melhor justamente por isso. Agora, neste, vc pode se divertir justamente por isso, pq ele é serio. Tem cientista loko soviético, tem militar com sede de poder, tem menina indefesa, tem mãe da menina indefesa que parece a Pity gótica cabelão preto. Tem o pai separado que fará tudo para resgatar a menina. Tem o final típico deste tipo de filme. Então pq assistir? Sinceramente, nao sei. Só deve assistir se você gosta de filme B de monstros que ainda no final sai godzillando pela cidade.
A policia passa o filme inteiro atirando nas aranhas gigantes e nao acontece nada com elas, depois chega mais reforços com mais metrlahdoras que continuam atirando e a rainha nao morre e nem se abala. Outra coisa que eu nao entendi é a procedência do filme, tem milhões de nomes com muitos hk e z, mas o filme se passa em NYC. Se nos basearmos pela ultima cena que aparece uma rua em perspectiva linear com o empire states ao fundo, completamente pintura em vidro da época do Hitchcock Marnie, confissões de uma ladra, penso que a NYC do filme fica em algum estúdio da Bulgária.

Se um dia eu fizesse um filme policial/ação/aventura eu iria fazer um filme sombrio mas que o detetive iria ser feliz, casado, familia de margarina, solar, sem problemas com o alcoolismo, sem nenhum erro no passado. Entao, mas por enquanto, o q temos para hoje sao os policiais q largaram a policia, bebem ou frequentam o AAA e tem um marca no passado que o deixa sem dormir.
Com o Liam Neeson não é diferente, mas como eu disse em critica anterior, ele tem aquela cara de paizão que vai cuidar de você e é essa cara/idade/porte fisico que faz dele um herói crível.
Neste filme ele é um detetive particular que passou por tudo aquilo que eu disse no começo e é contratado para descobrir quem matou a esposa de um traficante. Óbvio que a coisa não é tão simples assim e nem o assassino é boa gente. Bom filme policial. Não tem aquela ação desenfreada do Sem Escala mas tem muito mais clima. A história tem mais peso também e pode incomodar mais. Eu gostei.

Filme catalão. Adoro filme falado em catalão, parece que to entendendo aquela mistura de provençal, espanhol, frances, portugues. Sei que filho da puta é igual. Maiores detalhes só com o Cido Galvao que fala catalão.
Jovem perdido há oito anos retorna a sua casa e para sua mãe trazido pelo psicologo responsavel da instituição onde ele estava. Ele nao lembra de nada. Parece que o passado dele, da mãe, do pai, do tio, é um passado obscuro e, agora, perdido na amnésia que ele desenvolveu. Não espere um filme intrigante norte americano fácil de assistir e fácil de entender. Nortes americanos tem mania de explicar tudo já que consideram que seu público tem idade mental de 12 anos. E quem há de negar? Até o Nolan não aguentou e explicou tuuuuuuuuuuuuuudo e ainda narrado pelo robô em Interestelar.
Europeus não são assim. Para o bem e para o mal. Pq quando pisam na jaca do hermetismo também não é mole não. Este filme funciona bem e resolve bem o jeito mais sutil dos filmes europeu serem. Eu gostei, mas se você deixar um comentário aqui dizendo que nao gostou eu vou entender perfeitamente. Arrisque.

Um pequeno detalhe, escrevo esta resenha logo após ter terminado o filme. Estou com a sensação gloriapiresca que nao sou capaz de opinar, que não entrei, sem maldade, no filme. Mas também me parece que este é um daqueles filmes que precisam ser marinados na sua cabeça.
Loev é um filme gay indiano, só isso já dava para ter curiosidade de ver não é mesmo? É uma produção alemanha/india pelo que entendi. É um filme gay mas poderia nao ser. Por outro lado, se nao fosse, eu nao teria visto. A história é “banal”, dois amigos/namorados do passado? se encontram e vao para uma viagem no final de semana. A impossibilidade do amor que aconteceu/acontece entre os dois é universal, não me pareceu ser algo específico do universo gay, mas também fica tudo um pouco no ar. Loev é um excelente título para o filme pq é o Love meio deslocado, meio fora do lugar, meio mal encaixado. O amor que é amro. Não sei exatamente como é esta questão na India, algumas cenas sugerem algo como quando ele dá a mao para o amigo/ex na frente de um senhor ou mesmo na cena de negocios que o executivo perde literlamente o rebolado depois que acontece uma coisa. Entao nao sei se o título loev nao é uma referencia nao ao amor que nao ousa dizer o nome do wilde, mas o amor que quase ousa dizer.
Estou em processo de marinar o filme. Interessante que um dos personagens é ator, o outro quer ser músico e o outro é um bem sucedido economista de wall street. Interessante pq este último pergunta ao musico se ele nao pretende ir para Bollywood. Esta pergunta metalinguística, ao ser feito dentro do filme, situa o proprio filme que nós estamos vendo como uma alternativa ao universo tradicional indiano de bollywood. Sei lá, arrisquem-se

Filme chileno que se passa na patagônia chilena. Eu estou na dúvida, sinceramente nao sei se este filme é uma obra prima ou uma porcaria. É serio. Não sei se é uma obra prima avant gard q eu nao captei tudo ou se é ruim mesmo.
O que dá para perceber é que o diretor deu tudo de si pra imprimir sua marca pessoal no filme. Tem hora que isso dá certo, tem outras que nem tanto. Tem muita fusão de imagens, cenas sobrepostas, um recurso de cinema que está fora de moda, ponto pro diretor. Tem uma entrevista com o escritor dos livros no filme, meio metalinguistica, ponto pro filme. tem uma hora que aparece um letreiro estilo filme mudo, fica interessante? fica. mas é puro exercício de estilo. Pode tirar do filme que nao faz nenhuma diferença.
Mulher de escritor morto volta a casa onde ele morava na patagonia e escrevia seus livros (acho q é isso, nao prestei muita atençao nessa parte). Todos os grandes best sellers do escritor foram baseados em mortes que ocorrem mesmo nessa regiao. Por isso ele ficou muito mal visto no lugar. É um filme de mistério, de suspense. Tem um bom clima o filme inteiro, porém, na hora que você vai entender tudo que aconteceu fica parecendo aqeulas redações que alunos fazem que começa muito bem mas dai o aluno fica com preguiça e resolve e termina tudo em duas linhas.
De qualquer maneira, tem pelo menos uma cena muito boa em que uma pessoa esta persguindo a outra e o diretor posiciona a camera se afastando na direção contraria da direçao em que a pessoa fugindo e seu perseguidor estao indo, a camera se afasta velozmente da cena que vai pra outra direcao, gostei muito do efeito que deu na cena.
Um outro problema é que a protagonista é a cara da elba ramalho e eu passei o filme inteiro achando que ela ia sentar numa pedra na floresta, olhar para a camera e começar a cantar, Estoooooou de volta ao começo de tuuuuuuuudo.
O final explica tudo eu nao gostei, apesar de ter gostado da explicação. Mas o fim fim mesmo eu gostei. Ah, sei lá, cada um é cada um, cada um que veja e tire suas próprias conclusoes.

Lógico que você já viu o filme gaúcho meme Santana acabe com ela! Ái. Então, agora imagina um filme inteiro de terror assim. Imaginou? Esse aqui é o filme. Ruim, muito ruim, mas muito ruim mesmo. Mas ele pode ser apreciado em circunstâncias específicas e tornar-se uma diversão garantida.
Primeiro, você tem que ser jovem, nem se for só de espírito. Depois você tem que reunir uma turma. Talvez uma festa do pijama. Tem que ter pelo menos umas cinco pessoas assistindo juntas. Pipoca, coca-cola e pronto. Você vão rir muito.
Pode brincar de achar erro de continuidade, moça desce com faca na mão e chega la embaixo com lanterna e sem a faca. Podem tentar imitar a interpretação botox da dona da casa e suas mais de duzentas expressoes faciais resumidas numa só. Podem procurar reflexos de gente filmando nos vidros, sombras de artefatos de filmagem. É muuuuuito ruim, muito mesmo. Mas em grupo funcionará bem. Assistimos eu e o Nicolau e rimos muito. O fantasma é o maximo. Pensa numa moça com uma roupa antiga de loja de aluguel de fantasia, uma peruca vermelha e uma maquiagem tosca. Vcs pensam que eu estou exagerando, né? Não se animem com o cartaz, é a coisa mais produzida e menos tosca do filme.

Tem filme que tá com a faca e o queijo na mão e resolve fazer uma limonada. Tem coisa pior do que uma boa trama com muitas promessas de desenrolar mas que falta alguma coisa e aí vai mais ou menos sem tempero?
Nicole kidman é a mocinha q sofreu um trauma e todo dia acorda sem se lembrar de nada q aconteceu depois de ter 20 anos de idade, e agora já tá com 40 e sofreu este trauma em que apanhou, levou pancada na cabeça e foi achada quase morta. Todo dia ela tem que conhecer o marido de novo. Acontece que as coisas nao sao assim tão calmas como a gnt pensa. Quer dizer, a gente nem pensa pq nós sabemos que estamos assistindo um filme de suspense e dai esperamos que vá acontecer alguma coisa.
A Nicole Kidman está bem, está com uma cara de pessoa de verdade, não tá com aquela cara de sou a nicole interpretando um mulher que nao se lembra de nada. Acho até que ficou num rehab de botox porque consegui ver vários músculos faciais em movimento na interpretação dela.
Mas o filme vai que vai mas nao vai, e olha que a história, para uma historia de mistério é bem boa. Se eu contar aqui para vcs um resuminho do filme inteiro vocês vão achar o máximo. Mas no filme faltou um ajinomoto. Mesmo assim vale a pena ser visto.

(ATENÇÃO: não confundir com Desconhecido com o Liam Neelsen, filme bom também mas não é esse aqui)

Fime espanhol. Grata surpresa. Tenso, muuuito tenso. Neto bastardo de Encurralado do Spielberg que, se nao me engano, inaugurou esta sensação claustrofóbica de ser perseguido/ameaçado por alguém/algo durante todo o filme e que nao sabemos direito do que se trata.
Executivo do mercado financeiro está levando os filhos para a escola quando recebe uma ligação de um “desconhecido” dizendo que está sentado sobre uma bomba no carro que irá detonar se ele se levantar. Pronto, tá armado o plot para você passar os próximos 100 minutos TEEEEEEEENSO. Minha querida esposa estava indo dormir pq acorda as cinco da manhã e trabalha, sim, sim, alguém trabalha nesta casa, olhou pro filme e nunca mais foi dormir até acabar.
Excelente, se você levar em conta que um filme é excelente quando cumpre com louvor aquilo que promete. Muito bom. Fiquei com vontade de matar os filhos, quem tem filhos sabe o que é escutar eles brigando no banco de trás do carro enquanto você está preocupado com outra coisa.
Não sei se é relevante pro filme mas o ator principal tem sobrancelha preta pra karai.
Não percam!!!!!!

Já ensinei para vocês, mas não custa lembrar, que filme que tem carro com volante do lado direito é indicio de que o filme vai ser bom. Também já ensinei como identificar se um filme é indie logo no começo: é só ver se as fontes usadas pro nome do filme são old fashioned e parecem com as que o Tarantino usa nos filmes dele. Outra coisa, o letreiro tem que interromper a cena, entrando numa janela com fundo preto e letras em branco. Se um filme começa assim, ele é indie. E se ele é indie, também é um indício de que pode ser bom.
Bom, se vocês forem ver este filme, reparem, tem o letreiro no começo e ainda associado com uma musica nadaver.
Cara, eu nunca tinha ouvido falar desta pessoa da história norte americana, nuuunca. Ela, na década de 50-60 fundou a Associação dos Ateus Americanos e entrou com uma ação para proibir a obrigatoriedade das orações cristãs nas escolas públicas. Agora você começa a imaginar porque numa america branca e conservadora do final dos cinquenta e começo dos sessenta ela se torna o título do filme que vc está assistindo.
Muito bom, como conhecimento de história e como história contada em um filme.
bonus track: A mulher mais odiada é a cara da catifunda da antiga praça da alegria (referência válida só para os maiores de 45)

Apesar do título em inglês, coisas do netflix, é uma comédia ligeira francesa american-style. Lógico que sendo francesa, as coisas são, em seus pequenos detalhes, diferentes e um pouquinho menos maniqueista que os americanos.
Casal francês descendentes de Senegaleses está na fila de adoção e aceitam adotar um bebê branco e de olhos azuis. E, com isso, o estranhamento está lançado numa sociedade que, aparentemente, não pode mais estranhar este fato.
O bebê é uma graça, os pais são uma graça. O amigo do marido é muito engraçado, a amiga da esposa é uma loka. A mãe da esposa é uma peça a parte, muito engraçada, legítima mãe mediterrânea (mãe grega+italiana+arabe+judia e agora + senegalesa também). O figurino é muito legal, as roupas, as cores. A cenografia também, reparem na floricultura e na casa deles. Diversão certa.