Elsa e Fred

Hoje é meu aniversário, faço 60 anos. Achei que não estava preocupado com isso mas chorei tanto neste filme que revi meus conceitos sobre mim mesmo e cheguei a conclusão que ninguém passa impunemente pela porta da terceira idade. Exceto o fato de andar de circular de graça, nao vejo muitas vantagens em adentrar por este recinto.
Shirley Maclaine e Christopher Plummer são literalmente dois monstros sagrados do cinema e estão lindos neste filme em que ele é um viúvo urtigão old school e ela é quase uma Maude, a velhinha loka daquele outro filme lá. Eles funcionam como casal nesta história de vizinhos q se encontram e se apaixonam. Ele com 80 e ela, segundo ela mesmo, com 73, mas há bastante controvérsias. Aliás, ela é quase uma mitônoma, não dá para acreditar em nada do que ela diz.
Para piorar um pouco, no bom sentido, ela é vidrada no filme La Dolce Vita. Na Anita Ekenberg e no Marcelo Mastroiani. Ela é poesia, ele é manual de instrução. Eu tive uma crise de choro e posso creditá-la com certeza a este momento em que, se não é o outono do patriarca, pelo menos comecei a sentir um vento vindo lá de fora.
É previsível? Sim, tudo que eu imaginei q fosse acontecer, aconteceu. Mas isso passa longe de ser um demérito quando o filme funciona. Vide Uma Linda Mulher que não me deixa mentir. Vão lá, mas tomem um gatorade antes pra garantir a hidratação.
Ah, sim. Este filme é uma refilmagem, a versão original eu não vi e então, gloriosamente, não sou capaz de opinar
#cleidonetflix #cncomediadramatica #ElsaeFred
 

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